segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Começando mal o relacionamento



Acredito que quase todos já tenham tido algum contato com produtos e esquemas de negócios como Herbalife, Nipponflex, Monavie e Forever Living, no qual você vai até uma reunião onde é apresentado um tipo de formato no qual você poderá ter lucros por venda direta do produto ou por formar equipes, se conseguir pessoas para formá-las.

Todas as reuniões normalmente são feitas por pessoas que se expressam muito bem, em lugares bem atrativos e com a possibilidade de lucros altamente elevados, além prêmios e com grande facilidade. Normalmente, o formato é atribuído ao de uma pirâmide financeira, no qual a ideia básica é que o indivíduo faz um único pagamento, mas recebe a promessa de que, de alguma forma, irá receber benefícios exponenciais de outras pessoas como recompensa. Um exemplo comum pode ser a oferta de que, por uma comissão, o vendedor poderá fazer a mesma oferta a outras pessoas. Cada venda inclui uma comissão para o vendedor original.

Sinceramente, não acho que necessariamente seja um golpe, mas acredito que o problema seja que a forma de se conseguir o retorno não seja tão fácil como é passado e pelo fato de não se adequar ao perfil de qualquer um. Então, se a pessoa fizer uma boa reflexão sobre a empresa e o produto, e ver que é possível retomar o lucro a partir de sua base de contatos, seja por admissão de equipe ou venda direta, sem problemas.

O que realmente me incomoda é a forma de contato que empresas com esse perfil têm se apresentado, posso dizer que você é contactado de alguma forma, provavelmente um conhecido ou por telemarketing para participar de uma reunião para conhecer uma proposta ou investimento. O problema é que essas empresas dão sempre a entender que é na primeira opção, um trabalho com o colega, sobre determinada área, e na segunda como um emprego de carteira assinada.

Então, a pessoa acaba indo preparada para ouvir um oferta nesse sentido e quando se depara a forma de negócio ofertada, fica decepcionada e toma desprezo pelo produto e pela empresa, e aí sim, fazendo uma pirâmide inversa, passando a péssima experiência pelo qual passou, afinal, ninguém quer mudar sua rotina diária, ter uma gasto a mais com transporte apenas para ouvir algo que não lhe é de priori.

Algumas das propostas são até interessantes, que valem ser averiguadas, porém, o descontentamento com a abordagem é tamanho, que a vontade se perde. Não gosto de dar dicas de marketing de graça, mas essas empresas deveriam repensar a sua forma de contato, pois se o negócio é bom e se o contato se encaixar no perfil investidor, a pessoa vai sabendo o que é, e as chances de fechar negócio são, pelo menos, 55% maiores, além de não gerarem a pirâmide inversa.

Pessoalmente, já participei de um formato de negócio parecido, apesar de ter tido alguns problemas, consegui, pelo menos um pouco mais do meu investimento inicial, não chegando a ser o que me foi prometido, ainda assim fiquei satisfeito com o lucro, mas quando fui chamado, eu sabia do negócio e conhecia os riscos.
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