sábado, 10 de janeiro de 2009

SUPER-HERÓIS NO MUNDO REAL




Teorias do Big Bang trazem para a realidade o universo dos quadrinhos
Por Marcus Ramone (15/08/07)



Nos últimos anos, a imprensa tem divulgado descobertas e postulados científicos que excitam a imaginação dos aficionados por quadrinhos de super-heróis. Desde a "kryptonita" sérvia à "Fortaleza da Solidão", passando por dispositivos que podem gerar invisibilidade, diversos e incríveis elementos vistos apenas nos gibis vêm ganhando similares na vida real.
Talvez a mais fantástica das teorias transferidas para o campo da possibilidade foi divulgada há alguns dias pelo físico teórico Martin Bojowald, da Universidade Estadual da Pensilvânia, nos Estados Unidos. "É possível vislumbrar brevemente o começo do tempo antes do Big Bang", afirmou o cientista ao jornal Nature Physics, referindo-se à explosão primordial que teria gerado o Universo.



Bojowald explica que tal vislumbre pode ser feito por intermédio de observações astronômicas (certamente auxiliadas por telescópios exponencialmente mais potentes que o Hubble) ou de supercomputadores programados para esse fim.
Para chegar a essa teoria, o cientista recorreu a cálculos baseados em "laçadas gravitacionais quânticas".



Difícil de entender? Sem dúvida, mas basta tentar compreender a comparação entre o que se acreditava até há pouco tempo e o que Bojowald reformulou: o Big Bang, diz a teoria recorrente, foi precedido por infinitas energias e deformidades espaço-temporais que impossibilitam observações de quaisquer eventos anteriores a isso; entretanto, agora, o físico teórico da Pensilvânia afirma que, apesar de muito poderosas, essas energias e deformidades eram finitas, e que por isso mesmo é possível observar uma espécie de "pedaço da realidade" pré-Grande Explosão.



Agora vem a parte mais prazerosa para os fãs de HQs de super-heróis: no gibi Green Lantern #40 (volume 1), publicado nos Estados Unidos em outubro de 1965, o imortal Krona constrói uma supermáquina que permite perscrutar (e exibir em uma tela) imagens dos momentos que precederam o Big Bang, da mesma forma que o cientista da vida real Martin Bojowald parece crer possível existir.



Na trama da antiga HQ, quando Krona calibra o computador para seguir ainda mais no passado da pré-existência, repentinamente um feixe de luz destrói a máquina e transforma o personagem em um ser de energia que, a partir dali, vagou por bilhões de anos até ser libertado, acidentalmente, durante o "passeio" dos Lanternas Verdes Hal Jordan e Alan Scott entre seus mundos, respectivamente a Terra-1 e a Terra-2.



Vale lembrar que Krona acabou sendo o responsável pela criação do universo de anti-matéria, de onde o Anti-Monitor deflagraria a Crise nas Infinitas Terras. O personagem voltaria a aparecer no crossover Liga da Justiça e Vingadores.



Nesse ponto, não há como escapar de outro fato curioso sobre idéias há muito tempo existentes nos gibis e que só agora são discutidas como possibilidades do mundo real: as realidades paralelas, ou, como devem preferir dizer os fãs das histórias em quadrinhos da DC Comics, infinitas Terras.



Isso porque o cosmólogo Paul Steinhardt e o físico Neil Turok, respectivamente de Princeton e Cambridge, nos Estados Unidos, partilham a idéia de que não aconteceu apenas um Big Bang, mas uma série infinita de grandes explosões que deram origem a incontáveis realidades perpetuamente colidindo-se entre si.



Aceitando tal hipótese, não haveria como descartar a existência de outras Terras semelhantes a esta que todos neste planeta conhecem bem.



Ou seria melhor deixar essas cogitações para os roteiristas de histórias em quadrinhos?



"Galactus" à vista: cientistas descobrem vazio no Universo
Por Marcus Ramone (27/08/07)



Há poucos dias, o Universo HQ publicou uma matéria sobre as similaridades entre recentes descobertas e postulados científicos no mundo real e suas contrapartes que já são comuns nos quadrinhos desde os primórdios da nona arte. O texto ressaltava uma dessas últimas notícias divulgadas por cientistas, mais precisamente sobre a possibilidade de observar visualmente o passado imediatamente anterior ao Big Bang, algo mostrado nos gibis ainda na década de 1940 em uma HQ do Lanterna Verde.



Na semana passada, outra incrível descoberta juntou-se a esse grupo de fatos relacionados entre a realidade e o universo das histórias em quadrinhos, desta vez causando alarde não só no meio científico, mas também entre os fãs do Quarteto Fantástico.



Segundo informou a agência de notícias Reuters, astrônomos da Universidade de Minnesota, nos Estados Unidos, descobriram um gigantesco vazio no espaço, totalmente ausente de estrelas, galáxias ou mesmo de matéria escura, como se esses elementos houvessem sido misteriosamente "devorados" por alguma força desconhecida.



A associação com o sempre faminto devorador de mundos Galactus é inevitável, quando se conhece o resultado de suas ações em estrelas e planetas que ataca para saciar sua fome cósmica.
"O que nós achamos não é normal, baseado em estudos de observação ou em simulações de computador sobre a evolução do Universo", declarou a astrônoma Liliya Williams ao periódico Astrophysical Journal.



Os cientistas afirmam que não têm idéia da razão de estar ali aquele imenso vazio de quase um bilhão de anos-luz de extensão, localizado na constelação Eridanus, a sudoeste de Órion. De acordo com o que dizem, não há naquela região nem mesmo matéria escura, que não pode ser vista, mas é comumente detectada com medições de força gravitacional.



Para ver imagens dessa contundente descoberta, disponibilizadas pelo site do Observatório Nacional de Radioastronomia dos Estados Unidos, basta clicar aqui.



Como não há nenhuma informação sobre a possibilidade de tal fenômeno estar se expandindo, não existe motivo para preocupações. Em outras palavras, tão cedo "Galactus" não deverá aportar neste pequeno planeta azul da Via Láctea.

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